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Mostrando postagens de julho, 2009

Kissed by a rose

"Aqueles beijos... não é possível que os gere duas vezes o mesmo lábio, porque onde nascem queimam, como certas plantas vorazes que passam deixando a terra daninha e estéril. Quando ela colou a sua boca na minha pareceu-me que todo o meu ser difundia na ardente inspiração: senti fugir-me a vida, como o líquido de um vaso haurido em ávido e longo sorvo" Lucíola - José de Alencar Aiai... suspiro por dentro. Este livro é escrito, segundo a narração dele, pra uma senhora. Me dá a impressão de que ele sabe o que, como e quando falar pra fazer sair uma fagulha doce de dentro de nós [mulheres melodramaticamente melosas...]. Adoro! pérola do momento: Stuck in a moment - U2

A lagartixa

"Ví, num jornam inglês, o seguinte cartoon: uma barraca de camelô que vende camisetas com os mais diferentes sloogans. O dno, ao lado, um chinês sorridente. E entre as camisetas que ele vende, uma ocupava o lugar mais visível. A mais vendida. A que lhe dava mais lucro. O sloogan nela escrito era: 'Say no to chinese testiles'. Dois ingleses, observando a cena, comentam: 'esses chineses são realmente imbatíveis...'. Há previsões de que, num futuro não muito distante, a China terá atingido o padrão de desenvolvimento dos Estados Unidos, Alemanha, e do Japão. Que coisa maravilhosa, não? Haver atingido significa que os chineses consumirão, individualmente, tanta energia quanto consomem os habitantes dos países desenvolvidos. Um bilhão e meio de chineses! E aí a crise se anuncia: o petróleo não vai chegar para todos. A luta pelo petróleo não será resolvida por meios pacíficos. E com a queima de tanto combustível a temperatura do planeta se elevará. O derretimento das c...

Alegria!

Não, nada de Cirque du soleil [apesar de eu adorar a idéia de 'ser' eles]! A alegria que vos falo, parafraziando Rubem Alves again, é a alegria que sinto com o corpo quando ele encontra com aquilo que desejava . Coisa simples e efêmea. Brecht, num momento de grande depressão, escreveu um poema para lembrar-se das alegrias ao seu redor, a que deu o nome de "Felicidades". É bom que seja assim, felicidades no plural . Porque ela não é uma e final. Sempre pequenas e passageiras. pérola do momento: Here comes the sun, The Beatles [thururu rururu]

O nome do título

Ostra feliz não faz pérola. A ostra, para fazer uma pérola, precisa ter dentro de sí um grão de areia que a faça sofrer. Sofrendo, a ostra diz para sí mesma: 'preciso envolver essa areia pontuda que me machuca com uma esfera lisa que lhe tire as pontas...'. Ostras felizes, portanto, não fazem pérolas. Pessoas felizes não sentem necessidade de criar. O ato criador, seja na ciência ou na arte, surge sempre de uma dor . Não é preciso que seja uma dor doída... Por vezes aparece como aquela coceira que tem o nome de curiosidade. Eu aqui, estou cheia de areias pontudas que me machucam, sabe. E pra me livrar dessa dor, escrevi . Já dizia o sábio Rubem Alves! ;D