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O amor está nas pequenas coisas

 


naquela comida recém preparada pra te esperar chegar em casa depois de um dia corrido. nos olhos quem observa uma mãe amamentar daquela forma profunda e sublime o seu bebê. está naquela ligação no meio do dia pra saber se tua dor de cabeça passou. se tu chegou bem no teu destino. se tu vai chegar em casa a tempo de um jantar. o amor está nos olhos de quem enxerga um pai incrível para o seu filho. e o admira por isso, por cuidar, zelar, se dedicar. está nas pequenas peças de quebra-cabeças um do outro, que a gente junta espalhados pelo caminho, pra encaixar em uma bela moldura. está em ter um alguém que te conhece. que sabe que tu adora pimenta e que prefere salgado ao doce. que compra pipoca meio a meio nas idas ao cinema. que vai te levar a chave de casa quando tu esquecer dentro do carro. que te cobre no meio da noite, celebra as tuas conquistas, conhece as tuas rotinas. aceita as tuas manias e faz piada com elas e contigo. essas mil pequenas coisas são amor. todas elas, juntas ou separaras. talvez a gente passe uma vida inteira acreditando na existência de uma paixão avassaladora, onipresente, incendiária e que preencha todos os espaços. mas será que existe mesmo um grande amor da vida? será que esse estereótipo romantizado não é uma fábrica das nossas frustrações, da projeção de nós mesmos em outro alguém? se não existe um, será que existem muitos grandes amores ao longo da caminhada? que vão mudando, se adaptando à quem somos, como as mãos esculpem a cerâmica de um vaso novo? pode ser. e não existe uma resposta certa. existe aquele amor que funciona pra gente. que preenche, que é combustível para as pequenas dificuldades da rotina. amor que te acalma o coração e que te ajuda a sonhar. pode ser o amor das pequenas coisas. pode ser o avassalador dos contos da Disney. o importante mesmo é que seja amor.


Pérola de hoje: Tua - Ana Vitória

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