Pipoca!

OHMYGOD.

Sou só eu, ou os meses passam muito [eu digo muito!] rápido agora no início do ano - até maio mais ou menos?

Que horror. Hoje já é dia 6 de abril, e lá se foi o primeiro mês de aulas da galera. E sabe... isso me deixa um tanto nervosa na vida [não o primeiro mês de aulas das pessoas, mas o fato do tempo passar voando, como se eu estivesse andando numa harley loucamente rápido com mil ventos nos cabelos].

Fico nervosa porque esse ano aconteceu uma coisa muito terrível em função disso: o dia 1º de abril [conhecido mundialmente - acredito - como o dia da mentira] passou totalmente despercebido pra mim. É, verdade. Quando eu ví, já era Páscoa e derepente, Jooosé, já era dia 04-04.

Sabe o que isso significa, né? Literalmente, que eu estou me tornado OLD. Sim... parece nada a ver a associação. Mas vai dizer se minha linha de raciocínio não faz sentido: quando nós não somos OLD, vamos à escola e temos muitos amiguinhos do sexo masculino naquela fase impertinente de 'hormônios-garotas-chamar-a-atenção-brincadeiras-toscas'. Pra estes, e pra todo o resto do mundo que compõe o meu mundo nessa idade, o dia primeiro de abril jamais passa sem ser notado. Contar mentiras como 'ué, porque tu veio só com um brinco hoje?' ou 'teu tênis tá desamarrado' só pra fazer a pessoa ficar com cara de abobado quando percebe que era mentirinha, é uma coisa completamente normal nesses dias. Aprontar travessuras como consumir com o estojo do colega, desamarrar o sapato, criar histórias trágicas pra infernizar a vida de alguém ou bagunçar as marchas da bicicleta [aimeudeus, eu ainda sou do tempo das 'marchas da bicicleta', que na verdade era chamada de 'bici', né.] também fazem parte desse dia.

Te juro, sabe, que em todos os meus anos de escola [desde o ensino fundamental até o médio] jamais deixou-se passar em branco o Dia da Mentira. Que loucura isso.

Geralmente nas épocas de transição da nossa vida, nós estamos tão envolvidos com as mudanças que nem nos damos conta delas, propriamente dito. Uma hora simplismente percebemos que as coisas já estão diferentes do que eram, ou que nós já não somos os mesmos e pensamos diferente sobre as coisas que vimos [andando de harley com ventos nos cabelos, ou não].

Mas te confesso que é realmente muito esquisito quando vivemos um período de transição na vida e podemos enchergar isso como uma 'transição - de fato', como se estivéssemos de fora observando os acontecimentos rolarem. É estranho perceber que já tenho histórias pra contar, conquistas a comemorar, pessoas das quais eu sinto falta porque não convivo faz um tempo e ainda assim, eu vejo que ainda muita coisa está por vir. Muitas histórias mais, lugares e cheiros.

Quantas vidas será que eu ainda vou ter na minha vida?

Tudo isso tem um gosto de pipoca, pra mim.

E é um gosto muito bom!

pérola de hoje:

armandinho - outra vida

'talvez não seja nessa vida ainda, mas você ainda vai ser a minha vida'